David Roberto demonstra despreparo diante de questionamentos em sessão extraordinária da Câmara Municipal que debate a saúde do município
Gestor do Fundo Municipal de Saúde de Sapé, o segundo maior orçamento da estrutura administrativa do Poder Executivo, o secretário municipal de Saúde, David Roberto Pereira, deu respostas genéricas, evasivas e se recusou a responder outros pontos importantes da gestão da saúde do município como a retenção de repasses previdenciários, inchaço na folha de pagamento, precarização dos serviços em saúde, falta de medicamentos e constantes alertas do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB) dando conta de irregularidades na campanha de vacinação contra Covid-19.
Baseando sua gestão em respiradores doados pelo Governo Federal e manutenção de serviços básicos, o secretário foi evasivo, genérico e impreciso nas respostas, e em muitos momentos demonstrou completo desconhecimento de assuntos relacionados à gestão financeira, recursos humanos e de logística de abastecimento de insumos básicos necessários ao expediente dos profissionais da saúde.
Na audiência, o secretário admitiu que existe falta de medicamentos ocasionada por desabastecimento, ficando o setor dependente do estoque de fornecedores, expondo a falta de planejamento na manutenção desses insumos, de extrema necessidade ao tratamento de pacientes e usuários do sistema de saúde.
Durante toda sessão, a bancada de sustentação tentou tumultuar os trabalhos recorrendo a detalhes técnicos que impediam a abordagem dos vereadores ao secretário, mesmo os temas abordados sendo inerentes à pasta da saúde. Nas poucas perguntas respondidas parcialmente, David Roberto não convenceu de seu preparo para a pasta e demonstrou descontrole diante de questionamentos básicos a qualquer gestor do setor.
Alvo de inúmeras denúncias de desvio de repasses previdenciários, patronais e de servidores, que vêm ocasionando um rombo milionário ao instituto próprio de previdência (Prev-Sapé) e ao regime geral (INSS), a pasta também é constantemente questionada sobre a gestão de recursos financeiros do Fundo Municipal de Saúde, precariedade no atendimento hospitalar, falta de profissionais em diversas especialidades médicas, falta de medicamentos, baixos investimentos no combate à Covid-19, irregularidades na campanha de vacinação, precarização do serviço em saúde com o inchaço da folha com um alto número de contratados por excepcional interesse público, questionamento sobre processos de licitação, desabastecimento de insumos, dentre outras irregularidades.
Perguntado sobre a falta de repasses das contribuições previdenciárias, o secretário David Roberto disse que “não entende de leis” e que assuntos legais “fogem de sua competência”. O Vereador Rubinho Lucena (PSDB) advertiu que a apropriação de recursos do servidor é crime de apropriação indébita e que o secretario pode responder judicialmente.
Como vitrine de sua gestão, David Roberto destacou a campanha de vacinação, mas é justamente sobre a campanha executada em Sapé que o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB) já emitiu quatro alertas enfatizando falhas como mais de mil pessoas de outros municípios vacinadas em Sapé, homens vacinados com se fossem grávidas e baixíssimos investimentos no combate à pandemia.
Veja abaixo links relacionados ao setor de saúde de Sapé:
No link abaixo, asssita à gravação completa da sessão extraordinária da Câmara Municipal de Sapé.
https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=241423827885115&id=100063840334998
Da Redação do Portal GPS.
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