Magistério quer rateio do Fundeb, devolução de valores da contribuição previdenciária e reajuste de 33,24% no piso da categoria. Tumultuo e agressão a professores marcaram o protesto
Por Jorge Galdino – Jornalista
Depois de descredenciar o presidente do sindicato nas negociações com o Executivo, os professores da rede pública municipal de ensino de Sapé decidiram protestar e exigir do prefeito Sidnei Paiva (Podemos) o rateio das sobras do Fundeb relativo a 2021, devolução do percentual cobrado a mais nas contribuições previdenciárias em janeiro deste ano e reajuste das remunerações referentes ao percentual de 33,24% relativo ao piso nacional da categoria.
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A manifestação do magistério aconteceu hoje pela manhã em frente à Prefeitura, quando os professores foram impedidos de entrar e uma professora chegou a ser agredida fisicamente por um funcionário da prefeitura. O prefeito chegou exaltado se dizendo surpreso com o ato e afirmando que já tinha se comprometido com a pauta dos professores através das redes sociais. “O prefeito chegou, descendo da camionete ainda em movimento, e veio gritando e ameaçando, dizendo que não aceitava o movimento. Depois do enfrentamento, ele falou que garantia o reajuste do piso, que já tinha dito nas redes sociais. Contra argumentamos que isso não existiu”, disse uma professora ouvida pela reportagem do Portal GPS.
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No calor das discussões, o prefeito também se comprometeu em devolver os valores cobrados a mais nas contribuições previdenciárias, atribuindo a cobrança indevida a um “erro do sistema” e garantiu ainda que cumprirá a legislação e que concederá o reajuste do piso nacional da categoria. Já em relação ao rateio do Fundeb, Sidnei Paiva afirmou que aplicou mais de 70% do Fundo na folha de pagamento e que não haveria “sobras” para o rateio, mas concordou em conversar sobre o assunto.
A comissão de profissionais do magistério também protocolou ofício solicitando a retirada do presidente do Sindservs, Wilson Estevam da Costa, das negociações com o Executivo, alegando a preservação da entidade sindical diante de “acusações envolvendo seu nome a possíveis cargos comissionados/contratados ocupados por familiares”.
O ofício da comissão foi recebido ontem (09) e continha também a pauta de reivindicações da categoria, o que contradiz a surpresa alegada pelo prefeito sobre a manifestação dos professores. Uma reunião também estava marcada para hoje (10) entre a direção do sindicato e o prefeito, mas foi suspensa pelo prefeito que alegou o agravamento dos casos de Covid-19 no município.
O protesto terminou com o agendamento de uma reunião para amanhã (11), às 7h da manhã, entre o prefeito, técnicos da prefeitura e uma comissão de professores.
Da Redação do Portal GPS.
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