PONTO DE VISTA
De José Ricardo 15.06.202
O bando que se intitula 300 do Brasil, que não passa de uns trinta idiotas, sob a (des) orientação de uma aventureira que já foi de tudo na vida e agora procura o nicho radical da extrema direita para fincar a sua bandeira política, como já fizeram inúmeros aventureiros que, não encontrando um lugar digno na sociedade se acostam ao lado podre da política (a parte boa não aplaca essas posturas tresloucadas) e desta procuram tirar vantagens.
Esse bando, composto por escória da sociedade, já foi longe demais na sua saga infame e doentia, agrediu profissionais da saúde, jornalistas, desfilou com perfis da Kun Klux Klan, prega o fechamento do Congresso, tenta incendiar o STF e faz ameaças veladas a um ministro do Supremo, dizendo que vai seguir os passos do ministro, da sua empregada e que não deixa-lo em paz.
Tudo isso é confundido com liberdade de expressão a que alude a Constituição Federal e aí fazem uma leitura totalmente equivocada, própria dos idiotas. Esse tipo de ativista não pode ter lugar em uma sociedade que já sofreu com longos anos de ditadura, onde manifestações da espécie, com certeza, seriam punidas de uma forma menos legitimada pelas leis em vigor. Toda essa atitude de um grupo que coloca na linha de frente uma moça desorientada, que talvez precise, com urgência de tratamento psicológico, não pode ter respaldo de ninguém, nem do mais doente da extrema direita que perdeu totalmente a razão ao chutar cruzes que simbolizam a dor de quem perde um ente querido. Lembro que, quando criança, eu caminhava num percurso de casa para o trabalho do meu pai no roçado, na fazenda pé de ladeira, em Mari (PB), e nesse traslado me deparava com uma cruz na beira da estrada, dentro de uma pequenina capela de abrigo ao símbolo cristão, é aí eu perguntava ao meu pai o que era aquilo, para o que ele me dava a explicação dando conta de que aquela cruz de madeira, enfeitada com flores artesanais e por ramos de árvores, representava que ali faleceu uma pessoa e que aquele símbolo era um sinal de respeito ao ente querido de alguém, que sente respeito e dor pelo seu parente morto. Foi desprovido desse sentimento humano que assistimos nos últimos dias um senhor já de idade, e numa atitude de total desrespeito às pessoas, começou derrubando todas as cruzes fincadas nas areias de uma praia do Rio de Janeiro. A cena choca por sua truculência e falta de empatia, que parece ficou banal nos momentos em que vivemos. Pobre alma desse senhor, que espero reveja a sua posição sem sentido, ou que a família o conduza para um tratamento psicológico, pois não há lógica na atitude.
Recentemente o ministro da defesa faz ameaça subliminar quando alerta para a oposição não esticar a corda, numa alusão a um possível golpe. Na sequência, assistimos o presidente Bolsonaro incentivando a invasão de hospitais para fiscalizar as atividades hospitalares, o que se constitui uma total falta de respeito aos profissionais da saúde, sobretudo num governo que não presta nenhuma ajuda logística ao combate da Pandemia do COVID-19, lavando as mãos para o problema, numa atitude que podemos comparar a de Pilatos. Não ensaiem dizer que sou favorável à roubalheira eventuais de gestores dos Estados, pois já sabem qual será a resposta, pois uma coisa nada te a ver com a outra.
Os Estados Unidos, o Reino Unido, Portugal, dentre outros países dão mostras de como seremos tratados doravante. Por não cuidarmos da natureza, das nossas matas, dos nossos índios, enfim, queremos viver isolados da tendência mundial que valoriza esses pontos, estamos sendo considerados um perigo para a humanidade e assim estão querendo manter distância de nós. Lembro que já fomos um dos países de gente mais simpática do mundo. Hoje somos vistos com uma pária da humanidade.
Esperamos que a prisão da vigarista aventureira sirva de lição para que outros grupos de verdadeiros inimigos do Brasil não se animem e venham querer mostrar suas unhas de fora pensando que serão aceitos pelo povo que está acordando para atos desses imbecis, que perderam vergonha e tentam tirar o brilho da nossa brasilidade.
Fonte: msn.com/pt-br/noticias
- TEM DOR QUE É SÓ DA GENTE - 7 de setembro de 2020
- UM PAI PRESENTE É UM PRESENTE DO PAI - 12 de agosto de 2020
- O DESEMBARGADOR DA VERGONHA - 21 de julho de 2020